De 30 de novembro a 15 de dezembro, a Fundação Clóvis Salgado apresenta o espetáculo de formatura do 3º ano do Curso Técnico de Teatro do Cefart, Eclipse Solar.
SINOPSE
Na Cidade dos Exilados, um grupo de expatriados divaga sobre política, humanismo, pessimismo, tragédias pessoais, anseios, rancores, desejo de liberdade, enquanto aguarda um acontecimento extraordinário – o eclipse total do sol.
Através de uma narrativa fragmentada, entremeada por canções, imagens e performances, a peça evoca um tempo/espaço imaginário para abordar dúvidas e perplexidades sobre o futuro dos nossos dias.
SOBRE O ESPETÁCULO
No princípio o desejo era criar uma encenação que combinasse elementos teatrais e cinematográficos, e que se desenhasse sobre o palco num fluxo contínuo, assim como flui o pensamento, em suas ondulações de consciência, devaneios, lógica e impulsos. Partimos do filme Asas do Desejo, de Wim Wenders, com o objetivo de mergulhar em sua poética: aquele olhar sobre a cidade desencantada (Berlim/1988), dividida pelo muro, onde anjos escutam os pensamentos de uma geração a lidar com anseios diante de monumentos destruídos, embalados por uma estética dark. Entretanto, se impôs a urgência de nos debruçarmos sobre o nosso processo histórico: Brasil, 2018, o ano que agora se encerra e sobre o qual um certo olhar severo seja incontornável.
Em ECLIPSE SOLAR criamos uma cidade imaginária, a Cidade dos Exilados, para onde acorrem expatriados ávidos por preservar a liberdade do pensamento, dos corpos, da imaginação. Eles esperam o eclipse total do sol enquanto divagam sobre a existência e o desejo de SER. A peça propõe uma narrativa fragmentada para tentar traduzir um sentimento coletivo. Os solilóquios dos atores-criadores são partes de um discurso que não se completa, que não caminha em único sentido, e que se abre às possibilidades de interpretação, tangenciando as dúvidas sobre o futuro das nossas vidas. Neste nosso Eclipse, a palavra se constitui como parte do tecido dramatúrgico, juntamente com canções e imagens, para criar o retrato de uma juventude que perde a inocência ao constatar a fatalidade trágica.
O desencanto, a melancolia e a nostalgia tornam-se meios de permanecermos sensíveis diante da dureza de nossa época, embora, ao mesmo tempo, o conceito de espetáculo teatral como festa se faça necessário. Mesmo diante da maior ou mais cruel adversidade, ainda somos capazes de transfigurar dor ou angústia em inquebrantável potência de vida. É preciso dançar. Pois então, sem dúvida, dançaremos. Dançaremos!
FICHA TÉCNICA:
Direção: Ricardo Alves Jr
Dramaturgia: Germano Melo
Diretor Assistente: Rafael Batista
Direção de Arte: Luiz Simões
Direção Musical: Lucas Nicolí
Desenho de Luz: Jesus Lataliza
Desenho de som e operação: Fabricio Lins
Direção técnica: Geraldo Octaviano
Preparação Corporal: Elba Rocha
Preparação Vocal: Luísa Bahia
Coach vocal da Atriz Paula Amorim: Fausto Caetano
Maquiagem: Gabriela Dominguez
ATORES CRIADORES
Bremmer Guimarães
Caroline Cavalcanti
Eduarda Fernandes
Gabriela Veloso
Lorena Fernandes
Lucas Nicoli
Marianna Callais
Pedro Lanna
Paula Amorim
Victor Dornellas
O evento tem correalização da APPA- Arte e Cultura.